Créditos: Anna França 11/10/2024 17h09 Atualizado 6 minutos atrás- infomoney
(Postada em 11/10/2024)
A partir de 21 de outubro a instituição vai reduzir o valor para financiamento da casa própria
A Caixa Econômica Federal, responsável por quase 70% dos financiamentos de imóveis no país, vai mudar as regras do financiamento. A partir de 21 de outubro a instituição vai reduzir o valor para financiamento da casa própria. As regras valem tanto do Sistema de Amortização Constante (SAC) como pela tabela Price.
Em comunicado a agentes imobiliários que o InfoMoney teve acesso, o banco informa que as novas regras valem para imóveis novos, usados , comerciais, construção individual e lote urbanizado. Pelo SAC, o financiamento que antes era de até 80% do valor cairá para 70%. Pela Tabela Price passa de 70% para apenas 50% do valor. Além disso, o comprador não pode ter financiamento ativo na Caixa. O limite de Valor de Imóvel (garantia) é de até R$ 1,5 milhão. Imóveis Adjudicados e imóveis de empreendimentos vinculado a Caixa não entra nessa nova regra
Com isso, o consumidor, que antes precisava ter 20% do valor do imóvel para a entrada, agora precisará ter 30% no caso do SAC e 50% no caso da Tabela Price. “Com isso, a Caixa está dando dois recados claros ao mercado: que ela tem menos recursos para emprestar e que, por isso, será mais seletiva na concessão”, explicou o coordenador do curso de negócios imobiliários da FGV, Alberto Ajzental.
Segundo o professor, isso se deve às quedas constantes na participação da poupança na formação das reservas para o empréstimo. O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), linha de crédito imobiliário utilizada para financiar o setor imobiliário, que já representou 70%, agora não chega a 34%. “O saldo da poupança vem caindo ano a ano, com retiradas de R$ 80 bilhões ao ano, reduzindo drasticamente o dinheiro na poupança.
Como os bancos são obrigados a emprestar 65% do que tem de depósito na caderneta, mas não tem mais recursos, então eles serão mais seletivos na concessão”, explica, frisando que por fora as instituições ainda tem de lidar com a Taxa Básica de Juros, a Selic, em alta, o que ajuda a deixar os recursos ainda mais caros. “Com menos dinheiro disponível significa que o dinheiro para emprestar ficará mais caro”.
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