Créditos: Fonte: Uol Economia
(Postada em 17/05/2022)
A alta de juros elevou os custos de financiamento e comprovação de renda para aquisição de imóveis no Brasil. Para se ter uma ideia, uma propriedade no valor de R$300 mil ficou R$90 mil mais caro em um prazo de 30 anos. Além disso, a exigência de renda mensal passou a ser 25% maior.
Com a elevação da Selic para 12,75% ao ano, um dos impactos é o encarecimento dos custos de financiamentos imobiliários.
Para efeitos de comparação
Dados disponibilizados pela Melhortaxa, empresa responsável pela comparação de taxas de financiamentos imobiliários mostram que em março do ano passado, com a Selic a 2% ao ano, um imóvel no valor de R$300 mil, com financiamento de R$240 mil custaria R$490 mil no final das prestações ao longo de 30 anos. O valor para comprovação da renda mensal era de R$6.532,22.
Com a Selic no patamar atual, o mesmo imóvel custaria R$580 mil ao longo de 30 anos e a renda mensal exigida passou para R$8.184,59.
Para imóveis na faixa de R$1 milhão, financiado R$800 mil, a soma das parcelas do financiamento daria R$1,6 milhão com a Selic a 2% ao ano. No cenário atual o valor passa para R$1,9 milhão, uma diferença de R$300 mil. Os patamares seguem elevados na comprovação de renda, que passou de R$21.579,63 para R$27.087,51, 25% a mais.
“Em poucos meses, percebemos que a pessoa precisa ter uma renda muito maior para conseguir o mesmo financiamento”, afirma Paulo Chebat, CEO da Melhortaxa no Brasil.
A restrição de crédito é uma das principais consequências, pois desestimula compradores que não conseguem aprovação na liberação de crédito imobiliário.
“Acabamos sentindo uma inversão. As pessoas que precisam do empréstimo não conseguem, e quem busca o crédito só porque tem uma aplicação que rende mais no banco é aprovado. Desde o final de dezembro percebemos uma diminuição nas negociações de financiamento”, afirma Chebat.
O economista e professor de mercados e produtos financeiros no Ibmec São Paulo afirma que “Com a Selic mais alta, o valor das prestações pesa mais no orçamento. Tudo está mais caro, e o consumidor tem que entender se o montante vai caber no bolso”.
Qual é o futuro da taxa de financiamento?
Embora não se possa prever o futuro, Chebat defende que os bancos não conseguem subir as taxas na mesma velocidade que a Selic, pois isso diminui as negociações de financiamentos. Essa informação vai de encontro com o levantamento realizado pela Melhortaxa entre os anos de 2015 e 2016, quando a Selic estava em 14,25% ao ano e a média geral das taxas de juros de financiamentos ficou em torno de 10%.
A maior média de taxa para financiamentos imobiliários em janeiro e fevereiro de 2017 foi de 11,24%.
“Os juros do crédito imobiliário podem aumentar um pouco mais, mas chegam a um limite. Se o banco aumenta demais a taxa, vai parar de fazer negócios”, afirma Chebat.
A recomendação dos especialistas aos consumidores é que na hora de adquirir um imóvel, é preciso comparar o custo efetivo total da operação e não apenas a taxa de juros informada pelo banco. Eles atentam sobre a importância de incluir os juros, possíveis taxas e seguros obrigatórios.
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